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Assoalho Pélvico e Sintomas Urinários

Em artigo publicado pelo nosso grupo recentemente na revista Neurourology and Urodyanmics apresentamos a utilidade da ultrassonografia translabial 4D e da eletromiografia perineal na análise das disfunções do assoalho pélvico feminino É cada vez mais aceito o conceito de que alguns sintomas ginecológicos, urinários e intestinais podem compartilhar de uma origem comum, e relacionarem-se a disfunções dos músculos perineais. Assim, a avaliação por meio de métodos mais sofisticados, como a ultrassonografia, eletromiografia e ressonância magnética dinâmica da pelve podem aprimorar a qualidade do diagnóstico.

Sobre o emprego de próteses em prolapsos vaginais

O emprego de proteses permitiu melhora significativa dos resultados do tratamento cirúrgico dos prolapsos vaginais. Entretanto, com seu uso indiscriminado surgiram problemas, que motivaram alerta das agências reguladoras. Esse tema vem sendo debatido em alto nível nas sociedades médicas especializadas, como a American  Urological Association, International Urogynecological Association e International Continence Society. De maneira geral, considera-se que os eventos adversos com o emprego de próteses relacionam-se, principalmente, com sua indicação e com o treinamento do cirurgião.

 

Nota da Sociedade Brasileira de Urologia sobre a reposição de testosterona

Um percentual significativo de homens, principalmente após os 40 anos de idade, vai apresentar uma diminuição dos níveis de testosterona, cujo nome adequado é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino ou simplesmente DAEM. E essa baixa de testosterona, confirmada por exame laboratorial, pode causar prejuízos à saúde e ao bem-estar dos homens, como diminuição da cognição, do raciocínio, da força muscular, da memória, da libido, das ereções, osteopenia e perda da disposição geral. Temos medicina baseada em evidências, isto é, dados com comprovação científica que, quando diagnosticado o quadro da deficiência de testosterona (clínica e laboratorial), a reposição pode trazer benefícios, o que está nas Recomendações ou Diretrizes de muitas Sociedades médicas do Brasil, como a Sociedade Brasileira de Urologia e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, e do exterior.

A reposição de testosterona é um ato médico e quem a faz precisa de um treinamento específico para saber diagnosticar, orientar e, principalmente, para identificar as contraindicações: câncer de mama, câncer de próstata localmente avançado e interesse em paternidade, bem como fazer o monitoramento do tratamento a fim de assegurar a eficiência e a segurança. Isso deve ser discutido com o paciente e é recomendada uma avaliação da próstata antes do início do tratamento.

As formas de reposição de testosterona hoje aprovadas no Brasil são as injetáveis (curta e longa ação) e o gel transdérmico. Implantes subdérmicos ou suas associações NÃO são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e NÃO apresentam comprovação científica para sua indicação, por isso não devem ser utilizados. Assim como também não existem preparações hormonais para retardar o envelhecimento.

Não existem especialidades médicas em “reposição hormonal”, em “modulação hormonal” ou em “antienvelhecimento” reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), portanto não existem especialistas nessas áreas.

O uso indiscriminado de testosterona ou outros hormônios pode trazer uma série de efeitos colaterais, muitas vezes irreversíveis (aumento do coração, morte súbita, risco de trombose e infertilidade) e que colocam a vida do paciente em risco. Portanto a DAEM é uma situação clínica que não é infrequente, que pode trazer prejuízo aos homens e, uma vez diagnosticada, deve ser tratada por profissionais treinados para isso.

Departamento de Medicina Sexual e Reprodução da Sociedade Brasileira de Urologia
Setembro/2019

Sobre a Incontinência Urinária

O Dr. Cássio Riccetto concedeu entrevista à Associação Brasileira pela Continência B.C. Stuart sobre aspectos gerais da incontinência urinária em homens e mulheres. Essa Associação, criada recentemente, é uma iniciativa sem fins lucrativos que tem por missão promover ações de educação sobre a incontinência urinária que acomete homens, mulheres e crianças. Veja os vídeos da entrevista: